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Foto: Janaína Wille (Diário)
Por ser a principal porta de entrada dos estudantes em universidades públicas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) causa nervosismo em muitos candidatos. Para ajudar a filha a enfrentar este momento, ainda mais no meio de uma pandemia, a advogada Denise Torres, 50 anos, decidiu se inscrever para a prova junto da filha Lívia, de 17 anos. Além de estudarem em conjunto, mãe e filha ainda caíram no mesmo local de prova, a Escola Estadual de Ensino Médio Cilon Rosa.
- A minha filha quer fazer Medicina Veterinária. Eu decidi dar uma força para ela no Enem, para ela ficar mais confiante. Sou formada há 26 anos em Direito, e vou aproveitar para fazer Licenciatura em História, se conseguir - conta Denise.
Santa Maria tem 25 locais de prova do Enem esse ano
As duas se sentem preparadas para a prova, mas preferiam o adiamento por questões de segurança sanitária.
- A prova deste domingo é mais tranquila, porque tem Humanas e Redação, conteúdos que consideramos mais fáceis. Mas, preferia que a prova tivesse sido adiada por questão da pandemia. Nós perdemos familiares para a doença recentemente e não nos sentimos seguras. Acredito que não vai haver distanciamento suficiente - declara Denise.
O adiamento do Enem foi defendido pela maioria dos candidatos que conversaram com a reportagem do Diário. Larissa Gonçalves, 16 anos, conta que estudou pelo celular ao longo de 2020.
- Eu até consegui acompanhar as aulas, mas muita gente não teve acesso a materiais on-line e ficou muito tempo parado - afirma a estudante, que busca uma vaga em Direito.
As estudantes Maria Paula Peres, 18 anos, e Andressa Santos Nunes, 23 anos, foram as primeiras a chegar no Cilon Rosa, cerca de 40 minutos antes da abertura dos portões, que ocorreu 11h30min.
- Eu estava muito ansiosa. Queria chegar cedo, conseguir um bom lugar na sala e poder me concentrar com tranquilidade antes da prova. Eu estudei em casa durante todo o ano. A prova em si já causa muita ansiedade, mas com toda essa polêmica envolvendo o Enem deste ano, ficamos ainda mais nervosos - conta Maria.
Muitos pais, amigos e familiares acompanharam os candidatos até os locais de prova, mas só puderam ir até o portão das instituições. A maioria esperou o fechamento e, em seguida, retornou para casa.
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Foto: Renan Mattos (Diário)
QUINTA GRADUAÇÃO
O aposentado Ricardo Ozóres, 61 anos, fez a prova do Enem pela quarta vez. Ele, que já é formado em Matemática, Física, Educação Física e Processamento de Dados, busca a quinta graduação. O aposentado fez cursinho durante o ano e se sente preparado para fazer a prova mesmo durante a pandemia.
- Eu estudei bastante e acho melhor fazer a prova agora, do que um novo adiamento. Quero me inscrever em Direito ou Medicina, depende da nota - relata.
*Colaborou Janaína Wille